O que é Autismo (TEA)

Entenda o que é o Autismo e como ele afeta a vida de quem nasce com essa condição.

O autismo é um transtorno do desenvolvimento que afeta a capacidade de uma pessoa de se comunicar e interagir socialmente. Ele também pode levar a comportamentos repetitivos e interesses restritos. O autismo é um transtorno do espectro autista (TEA), o que significa que há uma ampla variedade de sintomas e níveis de gravidade.

"Infelizmente, é comum que indivíduos com autismo diagnosticado tardiamente se sintam excluídos e maltratados devido à sua diferença, muitas vezes sendo vítimas de bullying."​

"Infelizmente, é comum que indivíduos com autismo diagnosticado tardiamente se sintam excluídos e maltratados devido à sua diferença, muitas vezes sendo vítimas de bullying."

A causa exata do autismo ainda é desconhecida, mas pesquisas sugerem que pode ser resultado de uma combinação de fatores genéticos e ambientais. O autismo também pode estar relacionado a problemas no desenvolvimento do cérebro durante a gravidez.

O autismo é mais comum em meninos do que em meninas e geralmente é diagnosticado na infância. No entanto, muitas vezes não é detectado até a idade escolar. Os sintomas do autismo podem variar amplamente, mas geralmente incluem dificuldade em se comunicar e interagir socialmente, comportamentos repetitivos e interesses restritos. Algumas pessoas com autismo também podem ter problemas de aprendizagem, sensibilidade sensorial ou problemas de saúde mental.

Erros na hora de diagnosticar autismo (TEA) mulheres 🙁

O autismo foi originalmente descrito em 1943 por Leo Kanner e foi considerado principalmente um transtorno do desenvolvimento que afetava os meninos. No entanto, os sintomas do autismo podem ser diferentes em meninos e meninas e algumas pesquisas sugerem que as meninas podem ser subdiagnosticadas ou diagnosticadas incorretamente.

Apesar de o autismo ser mais comum em meninos, as meninas também podem ter o transtorno. A relação entre o gênero e o autismo é complexa e ainda está sendo estudada. Alguns estudos sugerem que as meninas podem ser menos propensas a ter sintomas mais graves de autismo e, portanto, podem ser menos propensas a ser diagnosticadas. Outros estudos sugerem que as meninas podem ter sintomas diferentes do autismo ou podem ter sintomas que são mais difíceis de detectar.

Os erros no diagnóstico do autismo podem ser resultado de uma variedade de fatores, incluindo falta de conhecimento sobre o autismo em meninas, estereótipos de gênero e falta de acesso a serviços de saúde mental adequados. É importante continuar a pesquisar o autismo em meninas e mulheres para entender melhor como o transtorno afeta o gênero e para garantir que todas as pessoas com autismo recebam o diagnóstico e o tratamento adequados.

Algumas mulheres famosas que foram diagnosticadas com autismo incluem:

Essas são apenas algumas mulheres famosas que são autistas, e há muitas mais que contribuem de forma significativa para a comunidade autista e para a sociedade como um todo.

O mito de que pessoas autistas não poderem ter TDAH

O que é TDAH?

TDAH é como um super-herói sem o controle sob seus poderes. É um transtorno do neurodesenvolvimento que geralmente é diagnosticado na infância.
Os sintomas incluem dificuldade em manter a atenção, ser mais hiperativo que o Flash e ter impulsividade mais forte que o Batman. As pessoas com TDAH podem ter dificuldade em se concentrar em tarefas, completar tarefas, seguir instruções e controlar comportamentos impulsivos, ou seja, é como se eles fossem o Robin sem o Batman para controlá-los. O TDAH é tratado com uma combinação de medicamentos e terapia comportamental, o que é como se fosse o Superman sem seu uniforme. Ele ainda é poderoso, mas precisa de uma ajudinha.

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um transtorno de saúde mental que se caracteriza por dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade. As pessoas com TDAH podem ter dificuldade em se concentrar, seguir as instruções e completar tarefas, e podem ser muito agitadas ou impacientes.

Há um mito comum de que as pessoas com autismo não podem ter TDAH, mas isso não é verdade. As pessoas com autismo podem ter TDAH e, de fato, as duas condições podem ocorrer em conjunto com bastante frequência. Uma revisão sistemática de 2018 encontrou que cerca de metade das pessoas com autismo também têm TDAH.

A avaliação correta do TDAH em pessoas com autismo pode ser um desafio, pois os sintomas do TDAH podem ser semelhantes aos sintomas do autismo. Por exemplo, as pessoas com TDAH podem ter dificuldade em se concentrar, enquanto as pessoas com autismo podem ter dificuldade em se concentrar devido à sensibilidade sensorial ou à dificuldade de processar a informação.

Para avaliar corretamente o TDAH em pessoas com autismo, é importante trabalhar com um profissional de saúde mental experiente que esteja familiarizado com as duas condições. O profissional pode usar questionários, entrevistas e observações para avaliar os sintomas e determinar se o TDAH está presente.

A avaliação correta do TDAH é importante, pois o tratamento do TDAH pode ajudar as pessoas com autismo a melhorar a atenção, a hiperatividade e a impulsividade e a ter uma vida mais saudável e bem-sucedida.

Autistas podem ter Dislexia e outros transtornos de linguagem?

A dislexia é uma condição que afeta a capacidade de ler e interpretar o texto. As pessoas com dislexia podem ter dificuldade em ler palavras ou frases, mesmo quando elas têm conhecimento do vocabulário e da gramática. A dislexia também pode afetar a capacidade de escrever e de escrever corretamente as palavras.

A discalculia é uma condição que afeta a capacidade de entender e usar números. As pessoas com discalculia podem ter dificuldade em realizar operações matemáticas básicas, como adição, subtração e multiplicação. A discalculia também pode afetar a capacidade de entender e usar conceitos matemáticos, como medidas, tempo e dinheiro.

A disgrafia é uma condição que afeta a capacidade de escrever de maneira legível e precisa. As pessoas com disgrafia podem ter dificuldade em escrever as letras de maneira legível, seguir as regras de ortografia e de gramática, e manter uma margem adequada na página.

As pessoas com autismo podem ter dislexia, discalculia ou disgrafia, assim como qualquer outra pessoa. No entanto, as pessoas com autismo podem ter mais dificuldade em aprender e se desenvolver em áreas relacionadas à leitura, matemática e escrita devido às características do autismo. É importante fornecer apoio e serviços adequados para atender às necessidades das pessoas com autismo que têm dislexia, discalculia ou disgrafia.

Autistas com super dotação e altas habilidades

As pessoas com autismo podem ter uma variedade de habilidades e níveis de habilidade, incluindo altas habilidades ou superdotação. As pessoas com altas habilidades ou superdotação são aquelas que têm habilidades excepcionais em áreas específicas, como matemática, música ou linguagem. Algumas pessoas com autismo podem ter altas habilidades ou superdotação em conjunto com sintomas de suporte 1.

É importante lembrar que as pessoas com autismo são indivíduos únicos e podem ter uma ampla gama de habilidades e níveis de habilidade. Algumas pessoas com autismo podem ter altas habilidades ou superdotação em áreas específicas, enquanto outras podem ter dificuldade em aprender ou se desenvolver. É importante fornecer apoio e serviços adequados para atender às necessidades de cada pessoa com autismo, independentemente de suas habilidades ou níveis de habilidade.

Mortalidade, suicídio, depressão e evasão escolar tem taxas altíssimas 🙁

As pessoas com autismo podem enfrentar desafios significativos em sua vida cotidiana, como dificuldade em se comunicar e interagir socialmente, problemas de aprendizagem e sensibilidade sensorial. Esses desafios podem levar a problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e a uma maior propensão ao suicídio.

Algumas pesquisas sugerem que as pessoas com autismo têm um risco maior de mortalidade prematura do que a população geral. Uma revisão sistemática de 2013 encontrou que as pessoas com autismo têm uma expectativa de vida reduzida em cerca de 19 anos em comparação com a população geral. Os fatores de risco para a mortalidade prematura em pessoas com autismo podem incluir problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e problemas de saúde física, como obesidade e doenças cardíacas.

O suicídio também é um problema de saúde pública importante entre as pessoas com autismo. Uma revisão sistemática de 2018 encontrou que as pessoas com autismo têm um risco aumentado de tentativa de suicídio em comparação com a população geral. Os fatores de risco para o suicídio em pessoas com autismo podem incluir problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, e dificuldades sociais e de comunicação.

A depressão também é comum entre as pessoas com autismo e pode ser um fator de risco para o suicídio. Uma revisão sistemática de 2015 encontrou que cerca de metade das pessoas com autismo têm sintomas de depressão. Os fatores de risco para a depressão em pessoas com autismo podem incluir dificuldades sociais e de comunicação, problemas de saúde mental coexistentes, como ansiedade, e baixa autoestima.

A evasão escolar também é um problema comum entre as pessoas com autismo. Uma revisão sistemática de 2017 encontrou que as pessoas com autismo têm um risco aumentado de abandonar a escola antes de se formarem. Os fatores de risco para a evasão escolar em pessoas com autismo podem incluir dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento e falta de apoio escolar adequado.

É importante lembrar que as pessoas com autismo são indivíduos únicos e podem enfrentar desafios diferentes em sua vida.

Capacitismos é crime e estamos prontos para denunciar e lutar contra.

O capacitismo é a discriminação ou a exclusão de pessoas com deficiências. As pessoas com autismo podem enfrentar capacitismo em muitos aspectos de sua vida, incluindo em relação ao acesso a serviços de saúde, educação e emprego.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU) é um tratado internacional que reconhece os direitos das pessoas com deficiências, incluindo as pessoas com autismo. A Convenção estabelece um conjunto de direitos e garantias para assegurar que as pessoas com deficiências tenham o mesmo acesso e oportunidades que as pessoas sem deficiência.

Em muitos países, existem leis e políticas que visam proteger os direitos das pessoas com autismo e garantir o acesso a serviços e oportunidades. Por exemplo, a Lei de Direitos das Pessoas com Deficiência dos Estados Unidos (ADA) é uma lei federal que protege as pessoas com deficiências, incluindo as pessoas com autismo, de discriminação em emprego, educação, acesso a serviços públicos e acessibilidade de edifícios.

Além disso, muitos países têm leis e políticas que visam garantir o acesso à educação para as pessoas com autismo. Por exemplo, a Lei de Educação para Todos os Jovens com Deficiência (IDEA) dos Estados Unidos é uma lei federal que garante o acesso à educação para as crianças com deficiências, incluindo as crianças com autismo. A lei exige que as escolas forneçam serviços e suporte adequados para assegurar que as crianças com deficiências tenham o mesmo acesso e oportunidades que as crianças sem deficiências.

Em resumo, existem várias leis e políticas em todo o mundo que visam proteger os direitos das pessoas com autismo e garantir o acesso a serviços e oportunidades. No entanto, ainda existe trabalho a ser feito para combater o capacitismo e garantir que as pessoas com autismo tenham o mesmo acesso e oportunidades que as pessoas sem deficiência.

Nos Estados Unidos

A Lei de Direitos das Pessoas com Deficiência dos Estados Unidos (ADA) é uma lei federal que protege as pessoas com deficiências, incluindo as pessoas com autismo, de discriminação em emprego, educação, acesso a serviços públicos e acessibilidade de edifícios. A ADA foi aprovada em 1990 e é aplicável a todos os níveis de governo e a muitas empresas privadas.

A ADA proíbe a discriminação baseada em deficiência e exige que as empresas e organizações forneçam acessibilidade razoável para as pessoas com deficiências. Isso inclui a adaptação de edifícios e equipamentos para torná-los acessíveis, bem como o fornecimento de assistência ou serviços de acessibilidade, se necessário.

As violações da ADA podem ser denunciadas à Divisão de Direitos das Pessoas com Deficiência do Departamento de Justiça dos Estados Unidos ou podem ser objeto de uma ação judicial privada. As empresas e organizações que violam a ADA podem enfrentar multas e outras penalidades.

 

Aqui está o link para a Lei de Direitos das Pessoas com Deficiência dos Estados Unidos (ADA): https://www.ada.gov/pubs/ada.htm

Lembre-se de que os detalhes da lei variam de acordo com o país e podem ser diferentes da ADA dos Estados Unidos. É importante estar ciente das leis e políticas locais que protegem os direitos das pessoas com autismo e combatem o capacitismo.

No Brasil

No Brasil, a principal lei que protege os direitos das pessoas com deficiência e combate o capacitismo é a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência – Lei 13.146/2015). A Lei Brasileira de Inclusão é aplicável a todos os níveis de governo e a muitas empresas privadas.

A Lei Brasileira de Inclusão proíbe a discriminação baseada em deficiência e exige que as empresas e organizações forneçam acessibilidade razoável para as pessoas com deficiências. Isso inclui a adaptação de edifícios e equipamentos para torná-los acessíveis, bem como o fornecimento de assistência ou serviços de acessibilidade, se necessário.

As violações da Lei Brasileira de Inclusão podem ser denunciadas às autoridades competentes, como o Ministério Público ou o Conselho Nacional de Direitos Humanos

Mitos sobre autismos

Existem muitos mitos e ideias incorretas sobre o autismo que circulam na sociedade. Aqui estão alguns exemplos de mitos comuns sobre o autismo: 

    • O autismo é uma doença mental: O autismo é uma condição neurológica que afeta a forma como uma pessoa processa a informação e se relaciona com o mundo ao seu redor. Não é uma doença mental ou uma doença mental grave.

 

    • O autismo é causado por uma falta de amor ou de atenção dos pais: A causa exata do autismo ainda é desconhecida, mas muitos pesquisadores acreditam que ele é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. Não há evidências de que o autismo seja causado por uma falta de amor ou de atenção dos pais.

 

    • As pessoas com autismo são incapazes de se relacionar com outras pessoas: As pessoas com autismo podem ter dificuldade em se comunicar e se relacionar com outras pessoas, mas isso não significa que sejam incapazes de fazê-lo. Algumas pessoas com autismo têm relacionamentos próximos e significativos com amigos, familiares e parceiros.

 

    • As pessoas com autismo são todas iguais: As pessoas com autismo são indivíduos únicos e podem ter uma ampla gama de habilidades e níveis de habilidade. Algumas pessoas com autismo podem ter altas habilidades ou superdotação em áreas específicas, enquanto outras podem ter dificuldade em aprender

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